
Algumas características são bem-vindas para quem pretende trabalhar em ambiente virtual. Vani Kenski, diretora da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), destaca três delas: conhecer bem a tecnologia, ter domínio de metodologia específica para ensino a distância e se comunicar bem com os alunos. "É por isso que nem sempre um bom professor presencial se sai bem com uma turma a distância." Em classe, há um tempo predeterminado para dar conta de conteúdo específico. Numa classe virtual, não - uma aula pode se estender por uma semana inteira ou mais, com interações freqüentes dos alunos via chats, fóruns e e-mails. Isso exige não apenas disponibilidade de tempo mas também foco para que os alunos não se dispersem em conversas paralelas ou fujam do tema.
Vale lembrar que quem leciona na EAD não dispõe de ferramentas tradicionais para chamar a atenção da turma: aumentar o tom de voz e utilizar os gestos, por exemplo, não é possível na maior parte das modalidades de ensino on-line. Por isso, se ele não planejar bem as estratégias que vai usar, corre o risco de ter altos índices de evasão. O aluno de uma classe presencial pode até ter pudores em deixar um professor falando sozinho, mas, se uma atividade a distância não for interessante, ele se desconecta. Literalmente. Para compreender como é ensinar sem olhar diretamente para cada membro da turma, é recomendável já ter estado do outro lado do computador. Muitos especialistas defendem que o interessado nesse tipo de trabalho tenha, ele próprio, já passado pela experiência de ser aluno de EAD. Para quem está começando, o ideal é abrir a mente para entender as proximidades e distâncias que realmente importam em Educação, sobretudo as relações afetivas e de comunicação.
Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/tao-longe-tao-perto-423170.shtml
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