
O perfil do
estudante em EAD exige dele uma atitude sistemática no ato de aprender e
estudar. Ele tem autonomia de decidir seus horários e métodos e esse estudo
autônomo parte, muitas
vezes, da leitura e do entendimento dos materiais (impressos ou postados na
internet) que lhe são ofertados. A partir daí, o estudante inicia seus estudos
sobre o que é proposto e produz suas tarefas e atividades de acordo com o tempo
previsto.
Ao contrário do que se possa
imaginar, o estudante da modalidade a distância não está solitário. Surgem em torno
dele atores que o auxiliarão nesse processo, acompanhando e supervisionando
suas ações. Nesse grupo, estão os professores especialistas/pesquisadores
responsáveis em organizar o material didático básico para a orientação do
aluno. Junto a eles está também toda a equipe técnica que o auxilia na produção
do material, como revisores de texto, técnicos em informática, designers
gráficos e também a equipe de coordenação e orientação pedagógica do curso.
Alguns autores afirmam que o ato
de aprender de um aluno na modalidade a distância nem sempre é
autodirigido, livre de interferências. Nesse sentido, um estudante adulto pode
muito bem dar conta de suas responsabilidades profissionais e pessoais, mas
quando está na posição de estudante isso nem sempre vem de forma natural. Seu
interesse em estudar e conhecer deve vir de um anseio próprio ou de uma
necessidade profissional, mas sua maturidade de vida não dispensa a presença de
alguém que o estimule a prosseguir e oriente melhores caminhos para se
apreender determinados conhecimentos.
Acompanhar o percurso do estudante
significa: saber como ele estuda, que dificuldades apresenta, quando busca
orientação, se há relacionamentos com os colegas para estudar, se consulta
bibliografias de apoio, se realiza as tarefas e
exercícios propostos e se é capaz de relacionar teoria e prática (NEDER, 2000).
Segundo o contexto da EAD, o
estudante, na maioria das vezes, não estabelece contatos físicos com o professor
especialista. Assim, faz-se necessário a presença de um orientador, alguém habilitado em
observar e ajudar na condução da trajetória de conhecimento desse aluno.
Cria-se, portanto, um novo conceito, um novo profissional e, consequentemente,
um novo papel no ato de educar: o tutor.
Esse novo educador é um
facilitador da aprendizagem e tem como uma de suas principais funções possibilitar a
mediação entre o professor especialista, o estudante, o material didático do curso e as
atividades práticas.
A
tutoria pode ser entendida como uma ação orientadora global chave para
articular
a
instrução e o ato educativo. O sistema tutorial compreende, dessa forma, um
conjunto
de ações educativas que contribuem para desenvolver e potencializar as
capacidades
básicas dos alunos, orientando-os a obterem crescimento intelectual e
autonomia
e para ajudá-los a tomar decisões em vista de seus desempenhos e suas
circunstâncias
de participação como aluno (SOUZA, et al, 2007, p. 2).
O trabalho de tutoria é
assessorado pelos professores especialistas e coordenadores do curso quanto aos estudos e
discussões dos conteúdos abordados nos materiais didáticos.
Assim, o tutor, segundo Peters
(2001), é uma peça indispensável no processo de orientação dos alunos de um
curso a distância. É ele quem, aos poucos, deve fazer com que os alunos percebam o quanto o trabalho
colaborativo pode ajudar o processo de ensino e aprendizagem.
Fonte: http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/viewFile/128/112
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