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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A "inteligência coletiva" para as empresas e profissionais de TI


Há pouco tempo atrás, se tornou essencial para as empresas terem como uma de suas ferramentas de trabalho o e-mail, que permitia (e permite até hoje) a troca de conteúdo e informações entre os usuários. Nesta época, não muito distante, o foco da internet e das organizações que as usavam era o conteúdo.

A chamada Web 1.0 não era focada nas pessoas, e sim na possibilidade de transformar um texto escrito em papel numa página online. Atualmente, internautas e empresas se deparam com um caminho muito mais amplo do que o acesso ao conteúdo.
A Web 2.0 continua sendo uma plataforma para textos, vídeos e informações, mas possui como principal regra desenvolver aplicativos que se aproveitam da “inteligência coletiva” para uma nova Era, a Era da Colaboração.

Para muitos, Colaboração significa reunir diversos indivíduos de diferentes culturas e habilidades para “experimentar” juntos, como um time.  Porém, as empresas precisam encarar este conceito como uma oportunidade de agilizar e estimular a criatividade de sua equipe de maneira original e eficiente.

“A Era da Colaboração é um termo que tem sido usado para descrever a situação atual, onde o avanço tecnológico permite que conexões com pessoas sejam feitas de forma muito mais fácil. Com isso, podemos ter acesso a uma massa de pessoas que permite explorar diversas situações que seriam impossíveis há alguns anos”, diz Fabiane Bizinella Nardon, Mestre em Ciência da Computação pela UFRGS, Doutora em Engenharia Elétrica pela USP e CTO (Chief Technical Officer) da ToolsCloud.

Na Era da Colaboração, é possível compartilhar nossas informações e experiências e trabalhar para criar algo, que, no final, se torna muito mais amplo e forte do que uma pessoa sozinha poderia criar.  A atual realidade virtual nos dá a ocasião de trabalhar com pessoas próximas ou vizinhas e com profissionais de todas as partes do mundo. Isso gera uma oportunidade intensa para a criatividade, pois a rede proporciona que as pessoas se conectem e cheguem ao foco principal da atual “web” de criar, compartilhar e inovar em conjunto.

Nas organizações, a Era da Colaboração pode oferecer uma melhoria significativa nos processos de produção, onde muitas pessoas colaboram ao mesmo tempo para a criação de um produto ou resultado de seu conhecimento.  Por outro lado, as empresas também podem buscar clientes, fãs e seguidores para envolvê-los e darem feedback sobre seus novos produtos e ações.
Por meio da educação, acesso à mídia e informação e das relações intersubjetivas (entre grupos ou indivíduos), a Era da Colaboração transforma e define seus próprios mecanismos e regras, mudando também o perfil do profissional.

Para a especialista, é fundamental que o profissional esteja preparado para trabalhar com pessoas de diferentes culturas. “Especialmente na área de tecnologia, é cada vez mais comum que parte do seu trabalho seja feito em colaboração com pessoas de outras partes do mundo e que não necessariamente trabalham para a mesma empresa que você. Veja quanta informação é obtida em fóruns de discussão, por exemplo. Outras habilidades importantes para um profissional na Era da Colaboração: aprender a trabalhar remotamente (tele-trabalho), saber como usar adequadamente as redes sociais, participar de comunidades virtuais”, completa Fabiane.

As empresas têm utilizado as novas tecnologias (redes sociais, ferramentas de TI etc) para criarem negócios. Para Fabiane, é preciso que as organizações pensem que estas tecnologias podem tanto alavancar o negócio quanto destruí-lo, se não forem usadas adequadamente. A especialista lembra que a experiência do usuário é fundamental neste tipo de negócio para evitar uma crítica ruim nas redes sociais, por exemplo.

Apesar da Web 2.0 prezar a inteligência coletiva, as empresas ainda precisam valorizar o conhecimento do indivíduo para fazer o uso adequado de sua especialidade. Pode parecer que não há espaço para os especialistas em um contexto onde todos criam, discutem e “recriam” coletivamente, porém, em alguns casos específicos, a sabedoria coletiva não é a melhor resposta.

Pensar sobre Web 2.0, ou, Era da Colaboração, não é somente colocar informação em alguma determinada plataforma. É necessário participar. As organizações podem aproveitar para administrar todos os seus processos de maneira colaborativa, que pode ser feito por vários serviços em Cloud gratuitos. De maneira remota, todos os colaboradores conseguem acessar, editar e acompanhar a participação de cada um.
Neste caso, empresas de TI podem acompanhar esta demanda ou realidade usando estratégias que focam no feedback rápido dos usuários. “Isso implica em liberar versões iniciais de software, mesmo que inacabadas, para testar a aceitação do público”, lembra Fabiane.

“É melhor você descobrir que o seu produto não terá o mercado que você espera antes de ter gasto muito dinheiro para finalizá-lo. Assim, você pode reposicioná-lo ou mesmo desistir do investimento. Testar as suas hipóteses é fundamental. Para isso, usar infraestrutura como serviço é uma boa alternativa. Ela permite ter um serviço no ar rapidamente sem grandes investimentos. Neste sentido, Cloud Computing é algo que as empresas precisam considerar seriamente”, completa.

Compartilhar informações ou novas descobertas é um benefício que ajuda as pessoas a agirem mais rápido e acarreta novas idéias daquilo que já foi aprendido. A Era da Colaboração permite que este benefício seja aplicado de maneira organizacional, abrindo inúmeras portas para a criação de produtos, novas parcerias e colaboradores remotos, assim como o avanço da organização nos negócios e no relacionamento entre suas equipes e clientes.

Fonte: Matéria para o site da Added, publicada em 20/7/2011.


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